domingo, 30 de outubro de 2011

Tristeza, por favor vá embora

Tristeza me deixe viver na paz do meu sentir e no gozo de existir para que eu consiga me amar.


Percebo a sua presença nas reminiscências doloridas que minha memória insiste em transmitir e mentalizar.

Saio de mim e vou para um tempo que já se foi e não tem possibilidade de voltar.

Consumo energias alimentando sofrimentos  mesclando minhas emoções do que não necessita estar.

Tensiono o meu corpo macerado pelo que já foi vivido desperdiçando o momento que deve ser aproveitado para relaxar.

Tristeza cumpra sua função na minha caminhada de perdas e danos mas saia sem deixar resquícios para que eu possa recompor as energias que preciso ganhar.

Alegria companheira de sucessos, fique comigo e contamine minha vida de bem-estar.

Seja a emoção que me domine, me faça sonhar e acordar constantemente dentro de mim para ficar.

Socorra o meu coração bombardeado de sensações que a angústia se faz morar.

Produza a quimica do prazer para me deleitar na experiência de viver e nunca me abandonar.

Assuma o comando das minhas atitudes descortinando os horizontes que eu quero visualizar.

Alegria fique no agora e sempre, me preenchendo de entusiasmo e vontade de continuar.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Decifrando o agora

O instante do ser vivo e perceptível da presença.
O hoje que se faz inconclusivo e único.
Oportunidade de experienciar e criar uma nova história.
Ponto de partida para recomeçar o que foi interrompido.
Alusão ao constante presente que se mantém na poeira do tempo.
Resgate do “ser” manifestado na lucidez do incorporado humano.
Espaço ocupado de momentos que se interligam.
Solução para esquecimento das torturas passadas.
Luz que acende o poço fundo das desilusões.
Consciência desperta para absorver o novo aprender.
Sensação de viver na eternidade do aqui.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Renove sua vida

Que bom estar vivo e ter nova oportunidade de recomeçar.

Aproveite para dar mais vida a sua vida.

Faça renascer o que há de melhor em você e acenda sua luz.

Ame mais, sorria mais, seja mais alegre e feliz.

Observe a vida em todas as suas formas e veja a sua própria beleza.

Continue independente do que possa acontecer, tudo passa e a vida é rápida.

Agradeça todos os dias o seu despertar, o ar que respira e o amor que transpira.

Conviva mais e olhe para o outro com o olhar que ele envia.

Seja o mensageiro da paz que acalma os corações distribuindo compreensão.

Sonhe mais e seja persistente na realização de suas metas.

Seja livre e respeite a liberdade de ser de cada pessoa que cruzar o seu caminho.

Se acolha no conforto emocional dos entes queridos e aprenda com os desafetos a ser mais tolerante.

Perdoe mais a você e todos àqueles que se incomodam com sua existência.

Seja um caminhante consciente de sua própria estrada e vá se desfazendo de bagagens desnecessárias.

Facilite constantemente a sua relação com os companheiros de jornada, em todos os processos vivenciados, eles são os seus instrutores.

Contemple o pôr do Sol, sinta o frescor dos ventos, o cheiro da terra, da água, das matas e reverencie a mãe Natureza.

Relaxe mais, o tempo passa e não dá retorno, cuide de sua saúde, aproveite mais a vida e tudo o que ela lhe oferece e não esqueça que todos nós estamos aqui de passagem.

Faça com que a sua presença seja significativa em todos os lugares que transitar e dessa forma contribuir para tornar o mundo um lugar melhor.

Tome a iniciativa de criar novas possibilidades abrindo espaços para aceitar o diferencial do humano que se agregar a sua vida.

Enfim, seja mais você e desperte o ser integral que existe dentro de si mesmo.

Viva momentos especiais com sua família, seus amigos, parceiros de trabalho, vislumbrando todos os seres humanos, e aproveite esta nova oportunidade de estar aqui.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sou Eu

Que procura a paz dentro de si e não consegue entender as incoerências desta vida com seus movimentos estranhos e descabidos para o meu estreito olhar.

Que sente e rejeita as emoções doridas do passado que não se esclarece e do presente que não transparece.

Que vibra com as pequenas alegrias e esmorece com as tristezas das desilusões que me acompanha no dia-a-dia.

Que acredita na esperança de viver com profunda simplicidade a minha história esculpida nas paredes das minhas células nervosas.

Que ama sem motivos e confia no poder incomensurável do amor que se revela nos pequenos detalhes e se agiganta na expressão de tudo que é vivo.

Que experimenta a morte no laboratório sequente das relações que se findam sem deixar explicações e nas perdas que se fazem necessárias neste mundo que não se eterniza.

Que se doa e se retrai assim como as flores que desabrocham e murcham, todavia, nunca deixam de renascer.

Que sofre com a ingratidão e a injustiça, porém continua persistindo na união com as pessoas que me circundam e no investimento da minha humana espiritualidade.

Que adora servir e trabalhar pelo desenvolvimento do ser humano sabendo que o meu próprio crescimento está embutido nesse procedimento.

Que resguarda a inocência da criança sem com isso deixar de treinar o discernimento para viver neste mundo e não profanar o meu lúdico jeito de ser.

Que procura renascer das cinzas deixadas pelas labaredas das derrotas que me consomem mas não conseguem me destruir.

Que se alimenta do nada para saciar a fome de viver mesmo quando tudo evidencia o contrário e me empurra para o abismo do desespero.

Que reconsidera constantemente percepções, idéias, opiniões e atitudes para não criar uma muralha de radicalismos nem tampouco congelar pensamentos e assim flexibilizar o desempenho vivencial.

Que tem medo de ter medo de não conseguir as realizações tão sonhadas e acalentadas pelo meu coração tão valente e determinado.

Que não sei quem sou e busca desbravar esta floresta misteriosa que se traduz como “eu”, e luta sem desistir para compreender o meu tão maravilhoso existir.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Relações humanas: uma faca de dois gumes

Refletindo sobre o comportamento das pessoas e suas inusitadas maneiras de relacionar-se, percebo o quanto é confuso o processo de entendimento para sentir o que se passa no interior de suas vidas. Como é fácil julgar quando não se faz nenhum esforço para compreender, e simplesmente descartar àqueles que não têm mais importância no contexto das cobiças individuais!!!

A amizade deixa de ser um caloroso investimento interpessoal condutor da convivência salutar, para se tornar uma  indubitável rede de interesses mesquinhos, onde vale mais quem tem mais e pode satisfazer os anseios egoistas dos sugadores relacionais. Precisa-se mais do que atenção para perceber quando se está sendo alvo de sugação dos vampiros emocionais, é necessário acionar a midia corporal e suas sensações autênticas, bem como a intuição que age como despertador para acordar os sentidos, e manter em alerta os sistemas de auto-defesa.

E o que dizer dos ataques verbais frutos da intolerância e do egocêntrismo dos que se consideram mais importante do que tudo sem atentar para o direito de todos?! É realmente complicado as relações humanas na atualidade em função da decadência dos valores sociais/existenciais, da falta de limites na educação, do preconceito de todos os tipos que se tornou uma marca registrada de uma sociedade descompensada, da carencia de disciplina, da orientação devida sobre respeito mútuo e exercício da cidadania, e nutrição da afetividade através do toque familiar. Tudo isso me leva a repensar no compromisso individual que cada um de nós tem para escrutar meios e instrumentação que viabilize fazer a cirurgia deste rosto social, e proporcione a sua transformação.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Refletindo o viver

Penso que viver é um sonho animado com simbologias que nem sempre consigo compreender.

Sinto como uma festa sonorizada com músicas que me propõe dançar no ritmo que eu me permito.

Um mergulho sem âncoras no oceano interior que me liberta e me assusta.

É uma sensação de contentamento que me faz vibrar de prazer pelo simples fato de estar viva.

É também uma dor constante pontuada de dúvidas, medos e frustrações que me atormentam e me fazem esmorecer.

Viver eternamente viver, eis a questão, já que abraço a filosofia dos crentes na imortalidade.

Vivo e sobrevivo às imposições do meu espírito ávido de crescimento e evolução.

Sou consciente do meu processo de mutação e transformação, e busco superar o desequilíbrio da minha pessoalidade impactada pela ilusão do desejo que me prende ao apego.

Me animo e desanimo com uma constância que me assusta e me causa angústias, ferindo o meu coração carente de sensações tranquilizantes.

Vida que persiste em se manter na minha busca persistente de viver a essencia do meu bem querer.

Caminho sem rumo, estrada sem sinalização, solidão sozinha, solidão acompanhada.

Escravidão corporificada da minha alma que anseia pela liberdade de ser somente ser e nunca me perder nos labirintos das decepções.

Sufoco existencial de não saber o que vem pela frente e ter que continuar com firmeza de propósitos.

Sopro avassalador que me impulsiona a seguir mesmo sem vontade, com o corpo alquebrantado e a alma aprisionada.

Vida que me consome com sua imparcialidade me proporcionando o que quero e o que não quero sem atentar para os meus caprichos.

Força motriz que nutre a minha existência com energias que me fazem renascer a cada morte que padeço, nesse mundo onde tudo é possivel de acontecer, numa surpreendente roda viva que vai girando sem parar.

Viver é viver sentindo o viver que se revela na atitude de encarar cada instante como único, e cada dia como eterno, já que a vida é um indefinido movimento que não se retrai.

domingo, 10 de julho de 2011

Começar de novo

Renascer é um processo que não se finda nesta vida onde nada é definitivo e o recomeço é uma constante.

Quando acordamos todo dia de uma noite de sono, somos obrigados a dar andamento a nossa história, e essa é a grande oportunidade que temos de reinventar o que for preciso, para renovar o exercício de viver na personalidade que se estrutura e reestrutura numa contínua progressão.

Não existe repetição na passagem do tempo pois cada momento é único não se reproduz, e é por isso que nascemos e renascemos a cada experiência vivenciada,  aprendendo , desaprendendo e entalhando  marcas que ficam registradas e servem como referência para dar suporte a novos procedimentos.

Construção inacabada eis o que somos, já que não temos acesso ao que pode nos acontecer, e precisamos constantemente nos recompor dos abalos que desestabilizam os sistemas que constituem a fundação do nosso existir.

Tudo é muito imprevisível no que se refere à conduta humana, é uma surpresa diária, nem as nossas atitudes traduzem com exatidão quem somos, muitas vezes são manipulações bem programadas pela sagacidade da inteligência e nem sempre condizem com a verdade.

Até os nossos sentimentos não são bem avaliados, em função da cegueira emocional que nos acomete quando gostamos das pessoas sem preservar o espaço intimo e nos envolvemos com elas esqueçendo de nós mesmos.

Saímos de nós e vamos para o outro, na busca do que achamos que não temos acreditando, sem os devidos cuidados, na completude da parceria que pode ou não se estabelecer,  pois quando deixamos de utilizar o recurso da prudência e do discernimento o engano é fatal.

Boa fé e confiança sem vigilância não combinam com a dualidade do comportamento humano e suas idiossincrasias, quando abrimos a retaguarda o atropelo vem sem socorro imediato, pois é preciso tempo para recuperação dos atritos relacionais.

É necessário estarmos atentos e sempre prontos para começar tudo de novo, sem deixar a frustração e o desencanto arruinar os nossos propósitos e a vontade de prosseguir,  realimentando a motivação e a capacidade de ressurgir das cinzas da desilusão.

Estamos expostos às circunstâncias que fogem ao nosso controle e a atuação camuflada de pessoas que nos cercam, e resistir para não sucumbir é um imperativo básico para se abastecer na fonte do renascimento, poder este inerente a espiritualidade humana.

O potencial de transformação do qual somos dotados é ilimitado, mas somente se usado com sabedoria e consciência focada na determinação de não se deixar vencer pelos impasses da vida.

Amar nunca é demais e é atemporal, não constitui um paradigma nem tampouco um modismo, amar é uma escolha e quando nos predispomos a amar a nós mesmos sem restrições, aos outros sem imposições, e não abrir mão do auto-domínio, tiramos de letra os obstáculos da convivência. E amando somos capazes de recuperar o fôlego e reiniciar o que muitas vezes é interrompido pelas vicissitudes do caminho.

Recomeçar ininterruptamente é resguardar a energia vital e fazer valer o profundo sentido de estar vivo que é a dádiva da própria vida.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Um momento para reflexão

Estamos vivendo momentos decisivos no processo da evolução humana e acreditar que ainda somos os co-criadores da vida e portadores de sentimentos nobres, apesar do caos que está emergindo nas atitudes insensatas dos filhos da Terra, é uma questão de defesa,   cuidado, respeito e consideração pela nossa espécie e sua preservação.
Nunca foi tão complicado lidar com o ser humano e sua problemática existencial, a exemplo da comunicação que se tornou  um dos maiores entraves nas relações devido a má utilização de suas ferramentas, principalmente os dons de nascença como a linguagem em todos os seus aspectos. Me atrevo a dizer que se tornou uma epidemia  nos meios sociais a dificuldade de expressão e de compreensão entre as pessoas, o que tem provocado o surgimento de um grande número de aleijados emocionais. Com o propósito de quebrar esse ciclo, precisamos nutrir os relacionamentos com uma boa dosagem de transparência e o exercício constante do comportamento empático, para que na compreensão do outro sejamos capazes de olhar a nós mesmos com mais sinceridade, e praticar a tolerância e a bondade que nos torna seres dignos de pensar, raciocinar e sentir.
Por que insistimos em dificultar uma vida tão curta e evidentemente delimitada pelo nascer e morrer? Será que ficamos lesados pela consciência superficial da matéria e acreditamos que o que vemos é absolutamente real, sem atentar para os mistérios que permeiam a complexidade humana que nem a ciência consegue desvendar?! Acredito que existe uma carência profunda de reflexão sobre o sentido da vida, bem como os principios e valores necessários que possam ajudar a construir uma caminhada mais leve sedimentada de bons momentos e aliviantes relações. E coadunando com essa premissa criar uma capacidade de encarar situações desafiantes com um progressivo senso de justiça, honestidade consciente, discernimento esclarecedor e propulsor de escolhas inteligentes, ações e reações criativas e uma boa dosagem de resiliência.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Motivações

Ao pensar em criar um blog para divulgar os meus escritos, tenho como principal objetivo transmitir  para as pessoas as reflexões que povoam a minha mente. E como vivemos no mesma condição de moradores transitórios no planeta Terra em processo de crescimento e evolução, me atrevo a dizer que a “intermente” funciona com mais eficiência que a nossa pequena visão possa imaginar. Digo no sentido de que embora experimentemos o viver de forma peculiar passamos por situações um tanto similares, e às vezes nos sentimos perdidos com os acontecimentos que permeiam a nossa existência. E sendo assim quem sabe lendo e absorvendo o que outro percebe e ou experiencia, conseguimos dar uma parada para meditar em nossa própria vida e como estamos lidando com ela?! Me atrevo a dizer que a minha grande e ousada proposta neste blog é colaborar para melhoria da vivencia e convivência daqueles que tiverem a curiosidade e vontade de acessá-lo. Creio na comunicação em todas as suas modalidades, e me sinto feliz de poder contracenar através das palavras transcritas nestas mensagens e pensamentos, na peça existencial de cada visitante, e humildemente conduzí-los a pensar em si mesmos.
Aniete Goes

terça-feira, 28 de junho de 2011

Ressuscitar das mortes diárias

Normalmente nos referimos a morte como o processo definitivo de decomposição do corpo físico, mas não estamos atentos as mortes diárias. Aquelas que nos acomete a cada situação em que sofremos tanto, que nos sentimos esmagados pela dor. Me refiro as decepções, perdas, raiva de nós mesmos, pessimismo, medo... 

Ficamos  paralisados acumulando angústias, nos frustramos com o fracasso das metas ambicionadas,  somos agredidos e nos agredimos emocionalmente, entramos numa melancolia que anuncia a tristeza e nos desencorajamos para prosseguir tentando.

Essas mortes paulatinas desafiam a nossa natureza viva, progressiva e evolutiva e nos alerta para que usemos os recursos de sobrevivência tais como: a esperança, fé, coragem, força de vontade,confiança irrestrita em nós mesmos, que deve se manter à revelia de todo e qualquer estado de prostração ou de auto-destruição que venhamos a experimentar, decorrente da ansiedade, excesso de expectativa, dificuldade de encarar falhas, escolhas sem discernimento e carência de toda sorte.

Realmente não é fácil encarar infortúnios e situações que insistem em contradizer o nosso espirito de luta, provocando desilusões, seja no campo pessoal ou profissional, pois necessitamos de estimulos que nos motive e impulsione para seguir adiante. É preciso resistir e persistir mesmo fraquejando e ou tropeçando nos equívocos, porque viver sempre é uma grande oportunidade de fazer novas escolhas e estas mesmo sendo minimizadas podem  conduzir a almejadas realizações.

Recorremos normalmente ao negativismo e ativamos as reminiscências de ações fracassadas e de reações bloqueadas no passado, quando nos vemos diante de problemas que não se resolvem apesar de tentativas diversas, ao invés de esvaziar a mente, acalmar o sistema nervoso e diminuir as ondas cerebrais silenciando os pensamentos para que as soluções possam emergir e chegar a consciência.

Tem dias que não conseguimos viver, acredito até que a morte se manifesta dominadora e imponente sugando a energia vital e cerceando a possibilidade de dar novos passos. É uma sensação de impotência, desânimo e desfalecimento. E é exatamente diante desse quadro devastador que ameaça a nossa existência que o instinto de sobrevivência deve ser acionado com determinação e muita pertinácia. E dessa forma assegurar a oxigenação total do corpo, revitalização dos sentidos, bem como ligar o farol da inteligência e aquecer a emoção que dá guarida aos sentimentos, enraizando a vida.

Mesmo sem perceber estamos ressuscitando diariamente pois já temos os mecanismos apropriados para tanto, e só depende de nós que entre o estimulo e a resposta temos sempre a liberdade de escolha.

Morrer é deixar de sorrir, de sonhar, de vibrar de alegria, de sentir a emoção da vida, de contemplar o universo circundante, de se encolher na tristeza, de desacreditar na bondade das pessoas, de se culpar e se condenar por cada erro cometido, de perder a fé e o amor por si mesmo e acima de tudo desistir da própria vida se deixando levar pelos acontecimentos ruins.

Viver é suportar toda e qualquer situação que ponha a prova a nossa capacidade de resistência e continuar persistindo em busca de novos caminhos, que devem ser percorridos com a tranquilidade de um monge, a agilidade de um atleta de corrida, para vencer todas as barreiras impostas pelo jogo da existência neste corpo de transições.

Recomeçar é atitude de quem é bravo e procura utilizar os poderes que lhe são inerentes à condição de humano portador de inteligências múltiplas. Transformar e vasculhar sem cessar na busca de novas possibilidades é decidir sem vacilar e permanecer aprendendo no campo vasto da existência.

Amar a vida é uma ato de reverência e agradecimento, é considerar o único presente que recebemos sem formatação ou definição, como se fora uma caixinha de massa de modelar que vai se transformando num artesanato muito peculiar ao manuseio das nossas ações, reações e criações.

Para tanto é preciso continuar fazendo as esculturas que refletem o aprendizado adquirido nas vitorias e nos fracassos, nos quais estão contidos todas as nossas necessidades de aperfeiçoamento e evolução. 

domingo, 26 de junho de 2011

Sussurros de uma voz para o criador

Suprema sabedoria que tudo cria tudo vê e tudo percebe

Senhor da vida que não se encerra e nem se limita na composição da matéria

Luz que não se apaga e que acende a escuridão da demência humana

Perdão sem condição que vai enlaçando com amor o caminho para a liberdade

Poder que não impõe e que se expressa no livre-arbítrio de cada um

Alegria que não perece, entusiasmo que não esvanece

Amor infindável e permanente em cada partícula de vida

Bondade que não se define e nem se faz conhecer na visão estreita da exigência egoísta

Criatividade que ultrapassa o conceito das formas, das cores, dos odores, imprimindo sem cessar, a sua marca peculiar, transformadora e indelével

Socorro ininterrupto aos atos imprudentes dos seres perdidos na infantilidade insipiente

Solução de tudo e para tudo na teia da imperfeição que sugere a perfeição

Provedor da energia cósmica universal que sustenta a vida em todas as suas instâncias

Silêncio que emite o cântico da felicidade sem condições

Presença sensorial e imortal que vibra na existência sentida

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Toque

Sustentados nos nossos pontos de vista temos uma tendência muito forte a acreditar que estamos agindo corretamente em relação às pessoas e aos acontecimentos que nos permeiam. 

Embora seja válido o que pensamos e o que achamos que vemos, é importante estarmos atentos às percepções dos outros e às suas concepções, pois só assim seremos capazes de desenvolver uma visão sistêmica dos processos a que estamos submetidos como seres no estado de convivência.

Somos únicos como indivíduos, mas somos tudo na interligação do conjunto no qual fluímos competências semeando resultados nas ações criativas e produtivas que abastecem a satisfação coletiva.

A humildade e a serenidade nas atitudes bem elaboradas e substanciadas no bom senso, nos capacita a viver em equilíbrio nas nossas relações, sejam elas pessoais, sociais e ou profissionais, extraindo o aprendizado que vai esculturando e burilando a nossa personalidade, transformando as deformações  existênciais e reconquistando o “eu” na extensão do “nós”.

E mergulhando na essencia divina vamos despertando para uma questão básica e tão debatida, a empatia. Essa argamassa das relações interpessoais que sedimenta a compreensão e aceitação das diferenças e estrutura as bases da convivência harmonizada e educativa para excelência do desempenho humano.

Amar sempre, amar todos, amar tudo independente do que possa ocorrer. Não um amor apegado, passional e sem discernimento, mas um amor incondicional, imparcial comprometido com a ética, o respeito mútuo e a liberdade individual que todo ser humano tem pelo direito natural de ter nascido.

O Cristo nos disse: amai a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.

Esta é a máxima. Este é o caminho.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Hoje

Hoje eu quero a alegria de viver em paz e harmonia.

Hoje eu quero construir um mundo melhor com pensamentos otimistas e atitudes proativas.

Hoje eu quero amar independente de ser amado.

Hoje eu quero sentir o melhor que tenho dentro de mim.

Hoje eu quero viver com vontade e determinação de seguir mesmo que a insatisfação tente fazer moradia no meu coração.

Hoje eu quero acreditar que sou capaz de resolver todos os problemas que assolam a minha vida e resistir aos apelos do meu ego inseguro.

Hoje eu quero movimentar o meu dia com posturas equilibradas e ações bem planejadas.

Hoje eu quero ouvir o som da vida e entender a melodia da sua mensagem para conseguir vencer a tristeza do vazio que o fracasso anuncia.

Hoje eu quero contar comigo na solidão que se manifesta dentro de mim e dar um sacolejo na minha energia estagnada pela falta de realização dos meus anseios.

Hoje eu quero aguentar firme as investidas da vida nos trancos e solavancos dos seus processos educativos.

Hoje eu quero sorrir com todas as dimensões do meu ser e vibrar positivamente para afastar o fantasma do medo que causa a cegueira existencial.

Hoje eu quero a luz do Sol me aquecendo com seus raios curativos e absorver a sua força para me tornar imbatível nas instabilidades de uma vivencia que não se estabelece.

Hoje eu quero integrar o meu lado sombrio à luminosidade da minha essência ancorada no Divino Espírito.

Hoje eu quero a prosperidade que dá suporte a caminhada e propicia a conquista de novos horizontes.

Hoje  eu quero tocar nas cordas do meu coração para que ele componha a música da felicidade.

Hoje eu quero o prazer de falar de coisas boas que suavizem as dificuldades que são inerentes a quem está vivo, nesta estadia física de mutações.

Hoje eu quero pintar a paisagem da minha existência com cores fortes para sobrepor o preto e branco das minhas carências. 

Hoje eu quero aspirar o cheiro do tempo e perfumar a sua passagem, para não me sufocar na angústia do que passou, do que virá e procurar viver o agora.

Hoje eu quero passear no jardim que brota as horas nos botões dos seus instantes que faz nascer e renascer as flores do constante presente.

Hoje eu quero realmente ampliar a percepção de que a vida é composta de superações como também de realizações e que estar vivo é o maior bem de todos os bens que ela oferece.

Hoje  eu quero respirar o oxigênio com profunda consciência de que dele dependo para permanecer no corpo  e  do quanto sou feliz de poder receber sem pedir esse gerador de energia vital.

Hoje  eu quero transcender as minhas fraquezas para fazer emergir das minhas entranhas e do âmago do meu ser a fortaleza da minha integridade como espírito vivendo na condição de humano.

Hoje  eu  quero agradecer  tudo o que sou, o que não consegui ser, o que tenho, o que não tenho e o que ainda vou ter.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O farol da esperança

A esperança é um raio de luz na noite escura do desespero e um fortificante da autoconfiança.

É um despertador da vitalidade e um animador natural dos sonhos acalentados pela persistência dos que creem no poder da transformação.
É um balsámo para a dor que as frustrações e as perdas provocam minimizando os seus efeitos e diluindo as amargas emocões do medo e da tristeza.
Quando os dias se tornam ásperos e as situações ficam dificeis ocasionando desvios nas rodovias da vida, é ela que dá lucidez e segurança no que está porvir.
É um pulsar vibrante nos corações que amam sem intelectualizar retornos e se entregam a paixão de estar vivos, nutridos pela alegria que estabelece o entusiasmo e o otimismo que condiciona os ideais superiores.
Capacita todos àqueles que se permitem invadir pelos seus efeitos salutares para as realizações mais complexas e para lidar com os eventos mais estranhos que a vida impõe.
É uma fonte de inspiração para as mentes brilhantes que se comprazem em explorar os vastos campos do saber e criar novas alternativas de viver.
Motivação que energiza a vontade e o prazer de continuar  vivendo mesmo que tudo esteja contra ao que se programa, estimulando a fé que dá sustentação quando os problemas se avolumam e parecem insolúveis.
Incentivo a criatividade para seguir vislumbrando o melhor que se pode extrair do próprio viver e não estancar em obstáculos que devem ser removidos com o manacial da inteligência.
Contentamento genuino de crer no que não se vê e jamais desistir de confiar na capacidade especial que o ser humano tem de dar guinadas no seu caminho de aprendizados, registrando os ensinamentos contidos na universidade da vida .