quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Relações humanas: uma faca de dois gumes

Refletindo sobre o comportamento das pessoas e suas inusitadas maneiras de relacionar-se, percebo o quanto é confuso o processo de entendimento para sentir o que se passa no interior de suas vidas. Como é fácil julgar quando não se faz nenhum esforço para compreender, e simplesmente descartar àqueles que não têm mais importância no contexto das cobiças individuais!!!

A amizade deixa de ser um caloroso investimento interpessoal condutor da convivência salutar, para se tornar uma  indubitável rede de interesses mesquinhos, onde vale mais quem tem mais e pode satisfazer os anseios egoistas dos sugadores relacionais. Precisa-se mais do que atenção para perceber quando se está sendo alvo de sugação dos vampiros emocionais, é necessário acionar a midia corporal e suas sensações autênticas, bem como a intuição que age como despertador para acordar os sentidos, e manter em alerta os sistemas de auto-defesa.

E o que dizer dos ataques verbais frutos da intolerância e do egocêntrismo dos que se consideram mais importante do que tudo sem atentar para o direito de todos?! É realmente complicado as relações humanas na atualidade em função da decadência dos valores sociais/existenciais, da falta de limites na educação, do preconceito de todos os tipos que se tornou uma marca registrada de uma sociedade descompensada, da carencia de disciplina, da orientação devida sobre respeito mútuo e exercício da cidadania, e nutrição da afetividade através do toque familiar. Tudo isso me leva a repensar no compromisso individual que cada um de nós tem para escrutar meios e instrumentação que viabilize fazer a cirurgia deste rosto social, e proporcione a sua transformação.